quarta-feira, fevereiro 15, 2012

O vendedor de sonhos

         Somos a única geração de toda a historia que conseguiu destruir a capacidade de sonhar e de questionar os jovens. Nas gerações passadas, os jovens criticavam o mundo dos adultos, rebelavam-se contra os conceitos sociais, sonhavam com grandes conquistas. Onde estão os sonhos dos jovens? Onde estão seus questionamentos?
Eles são agressivos,  mas sua rebeldia não é contra as “drogas” sociais que construímos, mas porque querem ingeri-las em doses cada vez maiores. Eles não se rebelam contra o veneno do consumismo, a paranóia da estética e a loucura do prazer imediato produzidos pelo meio de comunicação. Eles amam esse veneno. O futuro é pouco importante, o que importa é viver o hoje intensamente. Não têm uma grande causa pela qual lutar. São meros consumidores, números de identidade e de cartões de crédito.
  A geração de jovens que cresceu envolvida pelo consumismo e pela paranóia da estética deixou de sonhar. Eles perderam rapidamente o encanto pela vida. As nações modernas estão pagando um preço alto por terem matado os sonhos dos seus filhos. Elas assistem perplexas seus jovens se suicidando, se drogando, desenvolvendo transtornos psíquicos.
      Os programas infantis que estimulam o consumismo e não promovem o desenvolvimento das funções mais importantes da inteligência,  como a capacidade de pensar antes de agir ou de trabalhar frustrações, cometeram um crime emocional contra as crianças. Todas as imagens desses programas são registradas nos solos conscientes e inconscientes da memória infantil, contaminando o amor pela vida e a estruturação do “eu” como líder da psique.
    Os presentes e os objetos que nossas crianças avidamente consumem produzem  um prazer rápido e superficial. A emoção torna-se instável e ansiosa. Passados alguns dias, perdem o prazer pelo o que possuem e procuram outros objetos para tentar satisfazer-se, gerando um mecanismo cujos princípios assemelham-se a dependência psicológica das drogas. A felicidade se torna uma miragem.  - Augusto Cury
Precisamos urgentemente de mudança.

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Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes. Martin Luther King

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